Opinião

Rogério Teixeira Brodbeck

Advogado, jornalista e oficial da reserva BM Pelotas.

 












Fiscalização das campanhas políticas


A proliferação de cavaletes de candidatos nos últimos dias e a não fiscalização começam a influir negativamente  no trânsito da cidade. No Fragata, no canteiro central, no retorno existente junto a um posto de combustíveis pela Duque de Caxias há um cipoal desses artefatos que prejudicam a visão do motorista que está a atravessar a avenida em direção à Av. Bento Gonçalves. É preciso que a Justiça Eleitoral cumpra a sua missão fiscalizadora e retire tais cavaletes naquele local e em outras rótulas e canteiros, sob pena de ocorrerem acidentes e o Estado ser responsabilizado por omissão.

Rogério Teixeira Brodbeck

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Idosos e ônibus

    Já de início advirto que não tenho nada contra idosos, muito pelo contrário, respeito demais os mais velhos, meu pai sempre me ensinou isso. Até porque juridicamente já sou um, tenho 6.2. Feita a ressalva, vamos ao que interessa. A lei assegura passagem gratuita no transporte coletivo, atendimento prioritário em supermercados, bancos, e outros privilégios, aos idosos, assim  considerados os que têm 60 anos ou mais.


Nos ônibus urbanos tem-se verificado interessante fenômeno. Com o advento da tal carteirinha - aquela que tem sujeitado centenas de pessoas de cabeça branca a humilhantes filas na via pública, em vez de se adotarem critérios de atendimento como idade, ordem alfabética do nome, etc combinado com um maior número de atendentes e horários diferenciados -  franqueou-se a esses passageiros o acesso ao espaço traseiro dos ônibus, o que antes era vedado. Resultado: em muitos horários, os assentos estão tomados por idosos enquanto que os comuns, aqueles que pagam passagem normal ou meia (estudantes, por exemplo) ou usam vale-transporte (que é pago, não existe almoço grátis...) se sujeitam a viajarem em (ou de) pé.
A situação é no mínimo inusitada. Enquanto que a minoria, que não paga, viaja comodamente sentada, a maioria, trabalhadora e pagante, viaja em pé. Acho que isso é um contra-senso. E, por favor, não me venham falar em que os velhos trabalharam a vida toda e que agora têm direito, e isso e aquilo. Papo furado. Trabalharam, estão aposentados – mal, como a maioria do povo, mas, agora é hora de a fila andar. Sem contar que a imensa maioria desses idosos que andam de ônibus o faz só pelo prazer do passeio, para andar pra lá e pra cá, sem nenhuma obrigação a mais.
Por isso, acho que esse regramento deveria ter limites. Por exemplo, o direito de andar de graça seria limitado a duas viagens (ida e volta) por semana. Ponto. Quer andar mais? Paga.
E quero ver como vai ficar esse imbróglio todo a partir do segundo semestre, quando recomeçarem as aulas. E aí, vão botar ônibus a mais??


Rogério Teixeira Brodbeck

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Semáforos & Cia


O conjunto de semáforos ora em instalação no cruzamento da Ferreira Viana x Juscelino Kubitschek precisa de uma sinaleira tipo “vertical” (como a da Félix da Cunha x Voluntários), para facilitar a visualização pelos condutores que se postam na primeira fila, bem embaixo da sinaleira principal, aérea. Sob pena de causar torcicolos... E isso não é só ali, em outros cruzamentos tal providência é necessária.
Falta uma placa de "sentido único" na Anchieta x Sete de Setembro. Motoristas desavisados, principalmente os de fora, podem querer entrar à esquerda na primeira vindos desta última, como dia desses um quase fez essa manobra.

Rogério Teixeira Brodbeck

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Greve dos Caminhoneiros

            O país esteve quase paralisado por alguns dias em função das greves nacionais que sobre ele se abateu. Com destaque para a paralisação dos caminhoneiros que se estendeu, com maior intensidade, no Sudeste do país, em especial aqui no RS nas BR 392 em Rio Grande, e na 101, em Três Cachoeiras.
            Com espanto, vi que o mote da paralisação era um protesto sobre a recente lei que garantiu maior descanso aos profissionais dos caminhões. Ou seja, os motoristas não queriam menos carga horária sob alegação de que não tinham onde repousar. Queriam que talvez o governo construísse pousadas ou incentivasse os particulares a fazê-lo. Mais ou menos como os trabalhadores urbanos que recebem vale-refeição e exigissem restaurantes ao lado de seus locais de trabalho. Ora, claro está que não é isso que está por trás do movimento que, na realidade, é um verdadeiro lock out, isto é, greve das empresas, ou dos patrões, que não querem arcar com o custo que advirá da lei.


            Aumentando o tempo de descanso dos motoristas, por certo que aumentará o valor dos fretes posto que as encomendas demorarão mais a ser entregues visto que deverão ser incluídas nessa conta as despesas com a hospedagem e a alimentação dos motoristas. Aos transportadores parece que pouco importa a segurança nas rodovias, que o motorista dirija por 10, 11, 12 horas consecutivas sem interrupção, que causem acidentes nas mais das vezes fatais. Importa mesmo é que a carga chegue o quanto antes. Segurança é o que menor interessa no caso.

            Sem contar o aspecto que em havendo mais descanso haverá menos pagamento de horas extras. Isso parece que também escapou aos cálculos dos sôfregos empresários. De formas tivemos um movimento inédito que protesta por uma medida que os beneficiará os grevistas e que parece que teve sucesso posto que o governo aceitou formar uma comissão para quem sabe rever alguns pontos da controvertida norma – que por sinal mereceu amplo debate em todo o país com as categorias envolvidas.


Rogério Teixeira Brodbeck

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